A hepatite viral é considerada o maior problema de saúde pública no mundo. Para combater a doença, durante todo o mês de julho acontece a Campanha Julho Amarelo a fim de contribuir com a primeira Estratégia Global do Setor da Saúde sobre a hepatite viral 2016/2021. As metas são:
– Redução de 30% nos novos casos de hepatite B e C;
– Redução de 10% na mortalidade até 2020.
Dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
UPA Macapá atua na conscientização
A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas – UPA Zona Sul de Macapá – participa da campanha Julho Amarelo. Assim, seus profissionais darão orientações sobre a doença aos pacientes que buscam atendimento médico diariamente na Unidade.
Este ano, o Amapá já registrou 9 casos de hepatite B e 18 casos do tipo C. No ano passado, os números somaram 47 do tipo B e 28 do tipo C. Os dados são do Setor de Investigação das Hepatites Virais da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá – SVS.
O que é a doença
A hepatite viral é a inflamação do fígado. A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
De acordo com o médico Max David, da UPA Zona Sul de Macapá, as hepatites virais são doenças silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas, mas que podem ser detectadas através de exames de rotina. “Prostração, náusea, enjoo, vertigem e febre são alguns sinais de hepatite”, disse Max, acrescentando que “o sinal mais evidente é a cor amarelada da pele e das escleras dos olhos, o que mostra prejuízos na funcionalidade do fígado”.
As hepatites virais são inflamações causadas pelos vírus A, B e C. Existem também os vírus D e E, este último é mais frequente na África e Ásia.
Prevenção
Para se proteger das hepatites é preciso primeiro entender as formas de transmissão da doença. Segundo o médico, a hepatite A tem infecção fecal-oral. Os cuidados para evitar a doença estão em manusear muito bem os alimentos, tratar a água antes de beber, lavar bem as mãos. “Cuidados com poços próximos de fossa”, alertou.
Já as hepatites B e C têm transmissão sanguínea e podem se tornar crônicas, principalmente a tipo C, evoluindo para cirrose hepática, câncer e um estágio de fígado terminal. Max ressalta que, nestes casos, é preciso ter muito cuidado com objetos perfuro cortantes, agulhas, bisturis, lâminas de barbear.
Tratamento
O diagnóstico e o tratamento da doença são oferecidos pela rede pública de saúde, principalmente com vacinação preventiva. Milhões de pessoas são portadoras de hepatites e não sabem. Certamente, essas pessoas correm o risco de as doenças evoluírem e causarem danos graves ao fígado, como cirrose e câncer.
É muito importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina. Este cuidado é ainda mais importante nos seguintes casos: pessoas que não se imunizaram para hepatite B; ou que têm mais de 40 anos e que podem ter se exposto ao vírus da hepatite C no passado (transfusão de sangue, cirurgias).