A equipe multidisciplinar do Centro de Atendimento Clínico Covid-19 Zona Sul realizou duas palestras alusivas ao Agosto Lilás com o intuito de conscientizar o público interno da unidade de saúde. As psicólogas Marlúcia Milhomen da Silva e Ana Carolina Sosinho Carvalho abordaram o tema: “Violência contra a mulher não tem desculpa”. Elas mostraram como é o ciclo e os tipos de violência, e como prevenir, e denunciar. Foi abordada ainda a Lei n.º 11.340, sancionada em 7 de agosto de 2006, que passou a ser chamada Lei Maria da Penha em homenagem à mulher cujo marido tentou matá-la duas vezes e que, desde então, se dedica à causa do combate à violência contra as mulheres.
A Lei Maria da Penha estabelece que todo o caso de violência doméstica e intradomiciliar é crime, deve ser apurado através de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público, com seu primeiro contato em postos policiais, ou também pelo número 180. Na ligação não precisa se identificar.
Para Marlúcia Milhomen, viver sem violência é um direito de todas as mulheres. “A cada dois minutos, cinco mulheres são violentadas no Brasil, o nosso espaço de fala e conscientização é importante, para levar informações e apoio às mulheres que se encontram em vulnerabilidade. Violência contra mulher é crime. Em briga de marido e mulher devemos sim, meter a colher, denuncie 180”, afirmou a psicóloga.
No turno da noite ocorreu a segunda palestra, com o subtema: “Meu corpo, minhas regras e minha prioridade: AQUI NÃO!”, ministradas pelas psicólogas Clísia Ribeiro Paes e Sílvia Melo da Silva. Segundo a palestrante Clísia Ribeiro, a campanha “Agosto Lilás” serve de alerta para o combate à violência contra a mulher. “A violência psicológica é utilizada por homens abusivos para tornar a mulher dependente dele, ou seja, que ela se perceba sozinha e que a única pessoa com quem pode contar é o próprio algoz, fazendo com que a mesma entre num ciclo sem saída. Trazer essa pauta para dentro da unidade foi de grande valia, pois assim, as mulheres se tornam mais alerta no seu próprio ambiente de trabalho”, concluiu.