Notícias sobre o novo Coronavírus surgem a todo instante pelo mundo afora. Muitas são divulgadas pelas redes sociais, fazendo especulações sobre formas de evitar a doença, contágios, sintomas, tratamentos e até números de infectados e mortos.
São as famosas Fake News com informações falsas e dados incorretos que não só contribuem para provocar pânico na população, como também para disseminar ainda mais à doença, já que a desinformação impede que as pessoas se previnam corretamente. Por isso, é importante buscar sempre a informação correta numa fonte segura e oficial sobre a pandemia.
Em Macapá, capital do Amapá, desde o registro do primeiro caso suspeito do Covid-19, a UPA Zona Sul de Macapá adotou algumas medidas para fazer frente à doença. A Unidade montou um fluxograma específico para o atendimento a pacientes suspeitos, com uma equipe preparada para fazer o acolhimento e o encaminhamento aos centros de referência em Macapá – as Unidades Básicas de Saúde Lélio Silva e Marcelo Cândia.
O governo do Amapá decretou Estado de Emergência que inclui um pacote de medidas de contenção à doença. Entre elas estão: suplementação de 14 milhões de reais na pasta da Saúde, que visa reforçar com recursos financeiros as redes estadual e municipais de saúde; evitar aglomerações de pessoas e disseminar hábitos de prevenção a Covid-19. Além disso, suspensão das aulas por 15 dias. Essa última medida também foi seguida pelos 16 municípios amapaenses, bem como a determinação de evitar aglomeração de pessoas em eventos públicos.
Mitos e verdades sobre o Coronavírus
Muito se tem falado sobre o Coronavírus, doença que surgiu na China e se espalhou por todos os continentes, tornando-se uma pandemia. Com o aparecimento do novo subtipo do Coronavírus, é comum surgirem algumas dúvidas. Confira as mais frequentes:
1 – Itens como luvas e máscaras nos protegem da transmissão da doença?
Verdade. O uso da máscara só é recomendado para pacientes com casos confirmados e para aqueles com suspeita da doença. Profissionais de saúde devem usar a máscara N-95, enquanto para os pacientes a máscara é a cirúrgica simples. A recomendação para prevenção é descartar as máscaras a cada 4 horas quando em ambientes externos. Dentro de casa, o uso da mesma máscara deve se manter até que ela fique úmida ou suja.
2 – Pessoas com máscaras podem contrair o Coronavírus?
Verdade. A máscara protege contra a doença, mas não a evita. Existem outras formas de contrair o Coronavírus mesmo estando de máscara. A principal forma de contágio é através do ar, quando a pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Outra forma é o contato das mãos em superfícies contaminadas em até 24 horas após a eliminação do vírus, por isso é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienização adequada das mãos.
A lavagem das mãos deve ser feita com água e sabão, além do uso de álcool em gel ou álcool 70%. Além da palma da mão, a lavagem deve incluir o dorso, entre os dedos e o pulso.
3 – A taxa de mortalidade do novo Coronavírus é maior do que a de outras manifestações do vírus?
Mito. De acordo com estudo realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC), a taxa geral de mortalidade do Coronavírus é de 2,3%. Em pessoas com mais de 80 anos chega a 14,8%. Em comparação a outros Coronavírus já registrados, como a síndrome respiratória aguda grave (Sars) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers), o novo Coronavírus não é tão mortal. A taxa de mortalidade do Sars era de 10% e a da Mers em torno de 20% a 40%. No entanto, o nível de transmissão do novo Coronavírus é maior.
4 – Existe um exame capaz de detectar a existência do Coronavírus no corpo humano?
Verdade. É possível fazer o diagnóstico laboratorial específico para Coronavírus, através da detecção do genoma viral. Além disso, com a investigação clínico-epidemiológica se avalia histórico de viagem para o exterior ou contato próximo com pessoas que tenham viajado para fora do país.
5 – Cães e gatos podem transmitir a doença?
Mito. Não há evidências de que animais domésticos podem ser via de transmissão do Coronavírus, mas se recomenda sempre lavar as mãos após brincar com os pets.
6 – E o contato com a carne de animais silvestres, pode ser uma via de transmissão?
Verdade. Além do contágio entre os humanos, existe também a possibilidade de contágio através de animais silvestres como morcegos e cobras.
7 – Correspondências vindas da China correm o risco de transportar o vírus para outros locais?
Mito. O vírus sobrevive no máximo 24 horas fora do corpo humano, por isso não é possível que ele seja levado para outros locais do mundo através de objetos e cartas.
8 – Existe vacina contra o novo coronavírus?
Mito. Assim como não há vacina, também não há tratamento específico. Tem sido indicado repouso, consumo de líquidos, alimentação saudável e algumas medidas para aliviar os sintomas, como medicamentos para dor e febre. No caso de febre persistente, o indicado é procurar o serviço médico.
9 – Os sintomas são parecidos com o de um resfriado comum?
Verdade. Em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar, é preciso ficar alerta. Em alguns casos, também há complicações respiratórias, podendo evoluir para pneumonias.
10 – Alho previne o vírus
Mito. A recomendação comer alho para prevenir infecções, inclusive de coronavírus, não funciona. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que, embora seja “um alimento saudável que possa ter algumas propriedades antimicrobianas”, não há provas de que comer alho possa proteger as pessoas do novo Coronavírus.
11 – Calor e evitar sorvete
Mito. Não há nada comprovado cientificamente que o clima quente mata o vírus. Também não existem estudos que comprovem que o consumo de sorvetes e outros alimentos frios podem ajudar a prevenir o aparecimento da doença. De acordo com especialistas, quando o vírus entra no organismo, não há como matá-lo, seu corpo apenas precisa combatê-lo. Fora do corpo, são necessárias temperaturas de cerca de 60 graus Celsius para matar o vírus.
Prevenção
A maneira mais fácil e eficaz de evitar doenças infectocontagiosas como a Covid-19 (causada pelo Coronavírus SARS-CoV2) ainda é adotando medidas simples de prevenção. Hábitos do dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio da doença. Essas recomendações, associadas a outras, também podem evitar a disseminação do Coronavírus. Cuidados individuais e coletivos devem ser observados.
Recomendações
Lavar as mãos várias vezes ao dia com água e sabão ou álcool gel, incluindo os pulsos, entre os dedos e embaixo da unha; limpar os objetos mais manuseados com álcool em gel; manter os ambientes sempre ventilados e arejados e cobrir a boca e o nariz com o braço ou um lenço descartável ao tossir ou espirrar. As máscaras devem ser utilizadas apenas por quem já apresenta os sintomas da doença ou tiver contato com pessoas infectadas.
Transmissão
A transmissão do Coronavírus costuma ser pelo contato com pessoas infectadas, por meio de secreções como gotículas de saliva, espirro tosse ou catarro. O vírus pode se disseminar por meio do toque ou aperto de mão ou pelo contato com objetos ou superfícies contaminados, como aparelhos eletrônicos, talheres, notas de dinheiro, entre outros.
Sintomas
Os principais sintomas da Covid-19 são semelhantes ao de um resfriado, como febre, tosse seca, dificuldade para respirar e insuficiência renal nos casos mais graves. Caso apresente os sintomas, é importante procurar ajuda médica imediata para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Grupo de risco do Coronavírus
Os idosos fazem parte deste grupo de pessoas que têm maior chance de ter complicações se forem infectadas pelo novo Coronavírus, Além dos diabéticos, hipertensos, pessoas com problemas no coração, asmáticos, doentes renais e fumantes, que têm o pulmão mais prejudicado por causa do cigarro.
Atendimento ao público
Em Macapá, as amostras biológicas dos pacientes são colhidas pelas Unidades Básicas de Saúde Lélio Silva e Marcelo Candia e enviadas para análise no Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, que é a referência do Ministério da Saúde na Região Norte do Brasil. Os dados oficiais registrados pelos municípios estão em um sistema de notificação do Ministério da Saúde.